quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Univale demite quase 100.

Membros da Fundação Percival Farquhar, mantenedora da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), reuniu a imprensa na tarde de quinta-feira, 1º, em uma coletiva, para explicar a crise financeira que a universidade vive atualmente e mostrar quais serão as medidas tomadas daqui para frente para solucionar o problema. Na última quarta-feira, 31, 99 funcionários da universidade foram demitidos, dentre eles, 17 professores. Estiveram presentes o presidente da Fundação, Francisco Sérgio Silvestre, o diretor-executivo, Sandro Lúcio Fonseca, e o assessor jurídico, Mauro Grimaldo.

No início da coletiva, a Fundação apresentou suas receitas e despesas do primeiro semestre de 2012, mostrando que, no mês de janeiro, principalmente devido ao pagamento das matrículas e rematrículas dos alunos, a universidade teve um saldo positivo de R$ 440.089,58. No entanto, em julho deste ano, esse saldo foi para R$ 178.921,04 negativos, o que, para os administradores da Fundação, significou uma situação insustentável. Dados relacionados à inadimplência dos alunos também foram divulgados, indicando que, de janeiro a julho deste ano, o valor chegou a R$ 3.182.000,00.

A dívida trabalhista da Univale também é uma grande preocupação, chegando a R$ 58.740.977,52. “O que devemos hoje abarca dívidas trabalhistas, dívidas com fornecedores, com instituições bancárias, tributos e verbas salariais em atraso. No último mês de setembro só conseguimos pagar 55% do valor total dos salários, pois contávamos com R$ 900 mil que não entraram”, comentou o presidente da Fundação, Francisco Sérgio Silvestre.


Em relação à demissão dos 99 funcionários, a Fundação explicou que foi uma medida dolorosa, mas necessária para a redução de custos na folha de pagamento, que representa 86% da receita da universidade. “No total foram 99 demissões, sendo 14 funcionários do EAD, 17 professores e 68 funcionários administrativos. Foi uma medida dolorosa, mas necessária para viabilizar nossa saída dessa crise”, explicou o diretor-executivo, Sandro Lúcio Fonseca. O presidente da Fundação acrescentou que, com as demissões, houve redução de custos de R$ 319.426,07 na folha de pagamento.

 

FONTE: Site do Jornal Diário do Rio Doce

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